Clandestino, você?!

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Sabe, saio do Brasil e sou estrangeiro, tenho raízes italianas e mesmo assim tenho de ‘samba”, ao nosso linguajar, pra tentar esquivar mal olhados e falados. Provenho de lados portugueses, falo português/brasileiro, mas sou do Terceiro Mundo em vários lugares. Indo longe, ramificação francesa, sigo vulgarmente chamado de Sudaca.

Passo por diferentes estados desse grande Brasil e me vêem como ‘O da Metrópole’, cidade grande, corrompida e acelerada. Vou para o interior de meu estado, São Paulo, e sou tachado como ‘O de São Paulo’, com certa repulsa, mal olhados e falados de próprios brasileiros, desse Terceiro Mundo Sudaca.

Criado em SPSickCity, quando vou pra casa muitos ficam na dúvida de onde sou, e ali, em minha própria cidade, São Paulo, provável casa, mesmo em família, me sinto um outsider, um estrangeiro.

Difícil confirmar se tudo começou com meu primeiro real isolamento para outro país com 17 anos. Consigo aceitar o fato de desde a escola me sentir ‘um de fora’, como se nada fizesse sentido estar ali, por tanto tempo, todos aqueles anos.

A intuição pedia calma e frente longos anos meio essa tranquilidade apoiada, ela me prometia um mundo inteiro afora, sem garantir a quietude no caminho ao conhecimento, me enchia de forças e vontade cada vez mais que eu dava um passo árduo, ensinando que a recompensa vem do caráter com que se caminha.

Afinal, onde é meu lar, minha casa?

Uns dizem ser onde seu coração bate mais forte, outros dizem ser onde você estiver; Quer saber o que digo>> Meu lar é o todo e qualquer lugar, minha casa é? aqui, ali, onde eu estiver, meu coração estará, meu pensamento viverá e me sentirei em casa, porque minha casa está dentro de mim.

Onde minha confiança senta num sofá, minha risada ecoa nas paredes, meus gestos fluem ao vento numa sinfonia linda de comunicação saudável, querida, entre seres existe. Em qualquer lugar, algum bom ser deve existir, ou devemos criar para que se torne alegremente radiante, irradiar o dia de outrem pra se necessário outrem irradiar o nosso.

Porque devemos pensar assim?

Para sabermos que a casa é nossa se levamos conosco nosso respeito, intuição, noção com atenção, poderemos encontrar nossa casa num banco duro isolados numa estação de trem meio ao mato; em um simples poste que define onde para o ônibus; naqueles seus tênis que te ajudam a caminharem com conforto numa rua de pedras e chão quente; naquela mochila que leva junto a ti ferramentas para uma nova jornada; e naquele céu, que ao soar do vento te lembra faz lembrar que além das nuvens o céu é sempre azul lé em cima.

Eu… sou traços criados e acrescentados pelos muitos lugares que estive, sou diferentes pedaços dos seres que contatei, respostas baseadas na vivência alheia e certezas no que passei; E nesse momento, ainda nessa linha de pensar, sou um, junto ao meio que se comunica e acrescenta.

Amigos se foram, pessoas vieram, muitos amigos se foram, algumas boas pessoas vieram. O que acho? Acho que o Guns estão certos com November Rain: “…everybody need somebody, you are not the only one…” Com isso vejo: “Vejo que as pessoas são lindas, quando querem!

Vejo que a arte é insuperável e incomparável em sua particularidade, vejo universos circulando na rua conhecendo suas galáxias internas. Vejo que a beleza vem do alegre mais honesta que a maquiada. Vejo que um sorriso compartilhado é como uma cachoeira de gargalhadas.

Vejo o Um+Um = Um Conjunto, matemática ilógica a parte. Vids just a boy russo, duo Partilho uma sentença de um complicado matemático ao seu dizer “Até onde as leis da matemática se referem a realidade, elas são incertas, e até onde elas são certas, elas não se referem à realidade”, Albert Einstein.

(“As far as the laws of mathematics refer to reality, they are not certain, and as far as they are certain, they do not refer to reality.”, Albert Einstein.) A ciência acredita naquilo que prova mas essa instituição não têm criatividade pra tentar provar aquilo que não acredita.

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