Nesse dia pensei, ‘eu quero é saltar lá de cima do morro, me atirar de vez e mandar tudo lá pra…’.
Fiquei na dúvida se levava a máquina, na verdade queria deixar tudo em casa e sair pelado lá pra cima pra curtir essa de verdade, no-links; mas, a vontade de registrar o momento gritou mais alto e eu que tiro tão poucas fotos dos momentos que passei por aí, levei, logo levei uma regata e tals, sunga claro, fui de sunga também mas consegui uma coisa bacana, fui descalço, YES, pé no chão, pra sentir tudo mesmo, mas também, depois de meses aqui, hoje consigo caminhar assim mesmo sobre leves pedrinhas que cutucam de verdade, e que delícia sem ter a obrigação de usar àquelas havaianas sempre, sempre.
Bom, iniciei minha subida, tirei uma foto pra registar a altura, cruzei a Vila, e passei pelo meio do mato destino Farol do Morro. Engraçado como me senti mais acostumado em subir tão rápido passando pelo mato, quase um nativo…HA, bem longe disso, mas um morador local, sim! Já estava calejado e rápido o suficiente para passar àquelas tão famosas pedrinhas que torce a espinha da maioria quando pisamos nelas, hehee.
Cheguei no alto, tive a possibilidade de filmar uma ida de uma menina que nem me viu creio, e logo na sequencia, enquanto eu visualizava minha descida chegaram mais alguns outros, dessa vez sim, AVENTUREIROS. Pois, claro, pra baixar 75 metros em aproximadamente 30 segundos, convenhamos, é para poucos, né?
>> Imagine, creio que levei 30 anos para realmente dar atenção a essa intenção de saltar, assim que agora faço parte ‘dos poucos’, HA.
Logo, em companhia de alguns outros e uma francesa, todas elas muito bem estruturadas, mas logo me veio na cabeça como realmente a brasileira tem um corpo privilegiado, inacreditável.
E foi dessa forma que segui, claro, eu fui o último a ser chamado e mesmo assim o que mais perguntou coisa pros caras, sabe como é, estou basicamente deixando minha vida na mão deles, tenho que extrair o que eu conseguir levar dali, daquele momento, daquela situação, pra vida!
Uma coisa bacana, depois de viver um certo tempo, principalmente com pousada, reservas, recepção, qualquer trabalho em contato com o turismo da ilha, aos poucos vão surgindo cortesias, pois por isso, agradeço ao Augusto, também da Bahia Bacana; ainda sim, depois de 03 meses morando e trabalhando. O intuito é o conjunto sem dúvida, quando isso acontece é ótimo o fluir de contatos e indicações que se adquire, de pousada para passeios, para restaurantes e bares.
Foi aí então que saltei, da Tirolesa do Morro de São Paulo, lá de cima, me lembro de conseguir estar atento, mesmo dizendo ao cara, ‘então é isso, né, é isso! Vou nessa, caraca, que loucuuuura’, fui. . . E daí? Estou aqui para contar, HA!! Dezzz, na queda da corda, agradeci à Bahia por eu estar ali, agradeci à todas outras pessoas do globo e ao Morro, ao Morro de SP por fazer parte de minha vida.
Quando cheguei lá embaixo, nadei e dei umas cambalhotas estilo andorinha/golfinho incrivelmente feliz – do ar para o mar, hehehe. Levei alguns minutos ali enquanto esperava mais uma outra pessoa descer pra dai ir até a areia onde estava ali as pessoas que saltaram junto dos guias que ficaram com nossos pertences. A adrenalina é tão grande que você explode de emoção deixando ainda na sequencia o relaxo do mar e um breve nado para encerrar essa inesquecível aventura. Feito isso, uma ótima refeição junto de uma soneca ganha qualquer pessoa.
Obrigado, se puderem saltem ao menos uma vez.
Supimpa! De todas tirolesas que já enfrentei, acredita que essa seja a mais alta.
Eu passo a vez hahahaha e deixou essa para os que são mais corajosos
Muito legal. Gostoso de ler. Nos reporta ao local …